A Copa 2 de Julho de futebol sub-15 é tradicionalmente conhecida
por atrair olheiros e empresários de todo o Brasil na busca por novos talentos.
Iniciada no dia 2 deste mês, a competição está reunindo 40 equipes baianas que
disputam a taça da 12ª edição do campeonato, realizada em Salvador e Região
Metropolitana.
Ao longo das últimas edições, centenas de jogadores já tiveram
os primeiros contratos profissionais assinados graças aos olhares minuciosos de
pessoas que rodam o país inteiro em busca de novas promessas para a modalidade,
os chamados olheiros. Uma profissão
muito comum no esporte, mas que viralizou recentemente com o filme Arremessando
Alto (Netflix) – conta a história de um olheiro (Adam Sandler) de basquete que
encontra um jogador com um grande potencial e se esforça para mostrar ao mundo
que os dois merecem chegar à NBA, liga estadunidense do esporte.
Histórias como as do filme são bastante comuns no mundo do futebol
e por aqui não tem sido diferente. É fácil observar a circulação de pessoas nos
oito estádios onde acontecem os jogos da Copa 2 de Julho com o objetivo de
encontrar novos craques da bola, a exemplo de Anderson Talisca, Vinicius Junior
e Alisson (atacante e goleiro da seleção brasileira, respectivamente), que
passaram por esta competição.
Um desses exemplos é o analista de mercado do Cruzeiro, Vinicius
Guga. Ele tem acompanhado a competição de perto. “A Copa 2 de Julho já está presente no
contexto do futebol baiano e nacional pelo bom nível e por revelar grandes
jogadores. Esse é o nosso papel. Descobrir novos talentos e dar oportunidades
para esses garotos”, disse Guga.
O ex-jogador do Bahia, Fábio Teles, esteve no estádio de Pituaçu
na estreia do torneio como observador técnico da equipe do SSA FC, e elogiou a
organização da copa. “Uma competição de
grande valia para estes atletas em formação. Eles sabem que estamos observando
eles e isso ajuda para que possam desempenhar um bom futebol, dando o melhor de
si, mostrando essa vontade dentro e fora de campo”, elogiou.
Mas como funciona essa profissão? Diferentemente dos
empresários, olheiros do futebol de base normalmente avaliam conquistas de
títulos nos times de base ou sua classificação no campeonato. Além da análise
técnica do futebol do jogador, os olheiros também observam o comportamento do
atleta dentro e fora de campo.
O empresário e
observador técnico Newton Mota é um dos que acompanham a Copa 2 de Julho em
suas 12 edições, contribuindo para o
sucesso da competição na descoberta de novos talentos, sobretudo oriundos do
interior. Para ele, a Copa 2 de Julho é
uma importante competição para que sejam observados os jogadores do futuro.
“Competição de alto nível. Reconhecida nacionalmente, mesmo sem as equipes fortes
de outros estados, como aconteceu em outras edições. Mesmo assim, a Copa 2 de
Julho continua importante, valorizando as equipes do interior baiano, que estão
tendo oportunidades de jogar aqui na capital. Isso ajuda muito para a formação
desses atletas no futebol da Bahia”, concluiu.
Para Sinval Vieira,
coordenador de Excelência Esportiva da Sudesb e organizador da Copa 2 de Julho,
“a competição oferece inúmeras oportunidades aos jovens talentos para a
socialização e integração com grandes marcas. Além disso, muitos garotos
garantem os primeiros contratos com clubes profissionais do Brasil e até do
exterior”.
A Copa 2 de Julho,
realizada pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb),
autarquia vinculada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre),
é uma das principais vitrines do futebol nacional, tendo demonstrado seu valor
com a revelação de mais de 90 atletas que tiveram o primeiro contrato
profissional. Este ano, a competição, considerada a maior da categoria no país,
reúne 40 equipes, cerca de 800 atletas com realização de 95 jogos.
Marcus Carneiro- DRT 3614
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